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É preciso ser muito humilde para viver de forma honesta com os seus próprios sentimentos. Por isso escrevo; para abrir meu coração, não para obter respostas. Para me sentir livre ao falar das minhas asperezas e das alegrias que muito transbordam em mim (Fred Elboni).

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Eu Te Quis Moça


Eu te quis moça. 
Um querer que começou e não percebi. Um querer de coração contido e calmo. Um querer simples, doce e fácil. Eu te quis pra colocá-la em meus braços, vê-la adormecer sob o carinho do meu colo em noites de pingos de chuva no telhado. Você tinha mistério na personalidade e um medo que se não visto com olhos atentos passaria despercebido por trás desse disfarce de moça segura que sabe o que quer, mas na verdade não sabe o que fazer com tantas opções na sua frente. 

Eu te quis moça.
Naquele aperto de mão desajeitado, naquele abraço apertado que me dava uma vontade danada de cuidar de você, de saber as histórias sobre como chegou até aqui tão serena por fora e ao mesmo tempo tão confusa por dentro. Eu te quis nas mensagens de boa noite, você não viu? Eu te quis nas ligações que não atendeu. Você por motivos desconhecidos não me deixou entrar pra te mostrar o mundo lá fora. Insisti em te querer bem. Insisti em te fazer entender que do meu lado você não precisava segurar as minhas mãos, não até se sentir segura. 

Eu te quis moça.
Pra se aventurar, pra te escrever na minha história, pra ver no que ia dar, pra não planejar. A gente só precisava ir e se deixar levar. Você estava frágil e insegura. Fazendo coisas que não disse. E dizendo coisas que não tinha intenção de fazer. Tudo foi encenação, teatro perfeito. Me pergunto quem você queria impressionar? Ou o quanto você queria esconder? Ou se eu quem estava querendo a moça que não valia o esforço e as boas intenções. No entanto, quero deixar claro que te quis moça. Mas você se fechou e me deu a certeza de que é preciso muito mais que um querer. É preciso coragem pra se jogar. A coragem que te faltou nos momentos de indecisão e incerteza. Você, pequena, não se permitiu viver.

Eu te quis moça.
E a espera cansou minha vontade. Não importa o que você faça ou diga agora. 
É tarde. Outra me quis por você. 




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