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Manaus, Amazonas, Brazil
É preciso ser muito humilde para viver de forma honesta com os seus próprios sentimentos. Por isso escrevo; para abrir meu coração, não para obter respostas. Para me sentir livre ao falar das minhas asperezas e das alegrias que muito transbordam em mim (Fred Elboni).

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

E por que tô solteira?




Sim. Tô sem alguém. Com ninguém. Curtindo, me descobrindo, me refazendo, me apaixonando pelo momento, pelo instante, pelo segundo bem aproveitado, bem vivido, celebrado, realizado. Tô sozinha. Desacompanhada, mas não perdida. Tô solteira porque essa é minha única certeza pro agora. Decidi depois de tudo dá um “time” pro coração aliviar a pressão e recuperar o fôlego. Parei de correr, de querer apressar o futuro atropelando o presente. Parei pra ficar quietinha admirando com paciência o que acontece a minha volta. E aí vi meio que em câmera lenta inúmeras oportunidades  de conhecer outros rostos, de sorrir com outros sorrisos, de me divertir, de ser independente, de me vestir simples, fazer um coque no cabelo e me sentir a mulher mais linda pra viver enquanto a vida tá passando, o mundo tá girando e o dia tá anoitecendo.

Tô por aí fazendo escolhas, descobrindo que o amor é bem mais que um sentimento por outra pessoa. O amor é tudo que é intensamente sentido e que te faz extraordinariamente feliz seja por horas contadas. Tô por aqui doando meu tempo, embora as vezes o perdendo, mas não seria essa a primeira e nem a última vez, seria? Lembrei do carinha de 2013, aquele com o coração estilhaçado que não tinha nada a oferecer, ainda assim segurei forte a mão dele e o levei pra se aventurar em noites de shows e tequila. Curei suas feridas e fiquei assistindo confusa quando ele resolveu voar mais alto me deixando pra trás. Meses perdidos, mas usados em beneficio de alguém. Nunca me importei em ajudar com dores alheias. Sou boa ouvinte. Tão boa que tenho alegremente ouvido meus próprios batimentos, estes me dão a certeza de que estou viva o suficiente pra permanecer nessa onda gigante de calmaria, tranquilidade, fé e positividade.

Essa fase de reconexão com aquela garota de cabelo azul que pulava carnaval antes de chegar a fila do banheiro e conhecer seu futuro desastroso tem sido uma viagem e tanto. Aos poucos as velhas crenças malucas estão retornando e no caminho do meu reencontro comigo mesma fiz sem planejar três coisas iguais: Entrei em um avião pra viver dias de luz, conversei mais de 5 horas com aquele melhor amigo que me empresta seu tempo 2 a 3 vezes por ano. E, beijei com intensidade aquele moço de sorriso perfeito, jeito educado e voz que me causa arrepios. Ele é um daqueles presentes da vida que a gente vive e depois guarda na lembrança sem compromisso. Estar solteira é ter a liberdade de escolher onde seus pés irão pisar ou fixar. Pro agora só quero caminhar. Devagar. Sem pressa. Curtindo cada página em branco que escrevo e deixo pra trás. Só peço fé, sorrisos, força e que o horizonte me traga dias de felicidade que ainda tenho pra viver em 2016. E agora? Você acredita que tô solteira? (risos!).

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