A Garota do Blog

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Manaus, Amazonas, Brazil
É preciso ser muito humilde para viver de forma honesta com os seus próprios sentimentos. Por isso escrevo; para abrir meu coração, não para obter respostas. Para me sentir livre ao falar das minhas asperezas e das alegrias que muito transbordam em mim (Fred Elboni).

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Para 2013.

2013 revirou o universo de cabeça pra baixo. Realinhou os planetas e me deixou no meio de uma nebulosa sem entender nada do que tinha acontecido. No início dele, bem no começo, ouvi de alguém que 2012 teria sido o fim do mundo como a gente conhece e que essa seria a verdadeira profecia dos Maias. Se for assim, não poderia deixar de concordar mais: eu não existi esse ano como existi nos 20 outros anos que antecederam as mudanças bruscas desse. 

Me peguei perdido entre caminhos e escolhi alguns. Escolhi seguir naquilo que eu queria, ou acreditava, ou não sabia se seria o melhor pra mim, mas sempre botei cara, garra e coração na frente e deixei ser puxado. Coisas surgiram, e pessoas também. Coisas se desfizeram, e pessoas me desfizeram também. Como se algo me rasgasse, costurasse, suturasse e dissesse pra mim que ia ter que ser assim. Descobri que teve gente que passava e acabava comigo. Descobri que teve gente que me deu tchau de vez, e isso doeu tanto que eu ainda acredito num destino que se cruza. Descobri que teve gente que tinha tudo pra não ficar e ficou, ficou por mim quando nem eu mesmo teria ficado, ficou e me disse olá. E talvez tenha sido a minha grande conquista do ano, e você sabe bem de quem eu tô falando porque nesse exato momento surgiu um nome na sua cabeça.  

Nesse ano eu fechei um ciclo. E já dizia a astrologia que seria um ano 9 pra mim. Ano de rever conceitos e desalojar velhos vícios, e não é que foi bem assim? Tanta coisa posta pra fora, por vontade própria ou por força maior, que a minha visão panorâmica ficou embaçada e girou. Girou tanto que me mostrou novos horizontes, e eu tô aqui seguindo por ele. Tô aqui lutando pra ser feliz, mais um pouco que seja, comigo mesmo. Tô aqui fazendo resoluções, revendo o passado, agradecendo e pedindo pra esse ano acabar logo. Tô aqui barganhando minutos de vida desperdiçados, revendo fotos, não acreditando em coisas que disse ou fiz, me despedindo de gente que vai embora pra sempre. Tô aqui, recapitulando cada pedaço meu que foi riscado, transformado e se perdeu. Ou se encontrou. Me encontro no desencontro, me disse uma cartomante no comecinho de janeiro. 

Eu não acreditava tanto assim em profecias apocalípticas e coisas do tipo. Acreditava mais em astrologia, numerologia, runas, tarot e todo tipo de sorte que estivesse disponível pra brincar de prever o futuro. Mas depois de 2013, das incertezas e da imprevisibilidade que esse ano me trouxe, eu não consigo mais imaginar que consiga encaixar as coisas todas dessa vida pra um 2014 bem escrito. Meus planos traçados se formaram num desenho perfeito do que eu esperei até aqui. Daqui pra frente é só surpresa bem escolhida e, quem sabe, um novo recomeço caótico dia após dia. Afinal de contas, me encontro no desencontro. Mesmo que isso signifique reinventar o mundo mais uma vez, como 2013 reinventou o meu universo. 

E espero que você também tenha tido um ano caótico pra se revirar por inteiro. Parafraseando a famosa frase: vai que o avesso é o melhor lado?! E que venha 2014 pra gente!!!


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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Felicidade É...



Um café e ele aparece, trás no beijo o bom dia pra um dia inteiro feliz. Receber sem aviso uma mensagem de que seu coração amanheceu com uma saudade enorme de nós relembra o porque de ter deixado ele entrar na minha vida. Descomplicado e distraído, trazendo nas mãos o sol e a vontade de mudar. Quando o vejo toda página que tanto já foi em branco é escrita pelo presente dos nossos dias e ele faz cada palavra valer a pena.

Nosso horário desconcertado e desprogramado permite conversas, sorrisos e beijos. Em pé, ao lado dele, sei que sou sua amiga, confidente, conselheira e sua namorada, a moça a qual ele faz questão de entrelaçar seus dedos e apresentar como sua mulher, nada me faz mais feliz. Ele tem ciúmes dos desconhecidos sobre os quais já escrevi, em meio as minhas desculpas pergunta quando vou escrever sobre ele. Desconverso na tentativa de não me comprometer com o passado.

O que me encanta nele? Sua fascinação por meus textos e suas perguntas frequentes sobre cada uma das postagens. Mentira. Isso também. Mas o que mais me fascina é como ele me vê. A forma que me lê. O jeito que me conquista a cada dia, simples gestos, quando tenta cantar a música do John Mayer e não consegue, quando sussurra a música É Cedo do Roupa Nova só porque adoro a voz do Pedro Mariano nessa canção.

Me encanta nele o silêncio com que me ouve e a sua sinceridade sobre suas relações passadas, sobre suas mágoas, nessa hora ele é o homem mais vulnerável de todos e ainda assim mais apaixonante. Sempre desejei um homem que fosse companheiro, parceiro, que além de ser meu amigo fosse amigo dos meus amigos (risos!), ele é tudo isso, a pessoa quem segura minha cintura e canta comigo em um show de uma banda qualquer. E mesmo não possuindo jeito pra dança arrisca uns passos abraçado comigo porque sabe o quanto amo dançar. Somando tudo ele ainda tem um lado engraçado, um humor que nada abala e um jeito único de me fazer sorrir.

Quando não nos falamos durante o dia, ele chega com seu interesse carinhoso perguntando como foi minhas atividades. Sorrio quando ele diz ter orgulho de mim e que acredita que eu ainda vou longe. Deito em seu colo pra ouvi-lo me chamar quando pego no sono, estar como ele me faz sentir segura como há alguns anos não me sentia. Ele apareceu no momento certo, quando eu precisava de uma relação séria, quando eu já havia decidido cuidar de alguém e me dedicar a alguém. Ele apareceu no momento em que eu me senti preparada pra fazer alguém feliz novamente. Em nome desse sentimento, do que temos vivido juntos e do que ele se tornou pra mim nesse pequeno espaço de tempo eu escrevo sobre ele. E dessa vez não é sobre o que vivi, mas sobre o que tenho vivido.

Juntos ontem, hoje e amanhã.