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Manaus, Amazonas, Brazil
É preciso ser muito humilde para viver de forma honesta com os seus próprios sentimentos. Por isso escrevo; para abrir meu coração, não para obter respostas. Para me sentir livre ao falar das minhas asperezas e das alegrias que muito transbordam em mim (Fred Elboni).

segunda-feira, 14 de maio de 2012

De Saída


E eu o escolhi. Diferente, bem humorado. Surgiu entre tudo o que eu não queria. Veio me fazendo sorrir em dias difíceis. Fez com que eu lutasse contra minhas manias e decisões. Eu o escolhi. Nada raciocinado, nada pensado ou repensado. Impulso. Eu apenas quis. E quis pra mim. Com apenas alguns dias eu quis mais e mais. Como dizer isso? A proteção que o envolvia só me afastava. O silêncio que o cercava era perturbador. Mas sim! Ainda assim eu o precisava. E talvez com toda a roupa e meus pertences na mala eu ainda o precise.

Sinto falta que pulsa, é sarcástica e cheia de orgulho. Me questiono como uma alma tão quente consegue abrigar algo tão frio e gélido? O Escolhi. Mas entendi que apenas isso não bastou. Eu precisava ter sido a escolha dele também. Invisivelmente segurei firme a chave juntamente com a mala que carregava todos os meus sentimentos, planos e pensamentos. De saída, sorri convincentemente pra esconder a insegurança por não estar preparada pra deixa-lo tão cedo, todo o meu corpo pedia por cada toque detalhado – ao menos uma última vez – mas minha mente não o perdoaria apenas pra recebê-los.

 Eu o deixei. Lutar por alguém que vive o desapego é no mínimo constrangedor. Mesmo com a dor de cada sorriso que não o ofereço e cada palavra dura que tento pronunciar pra ter que mante-lo longe, eu sigo em frente, é necessário. Antes essa dor passageira do que sentir o que faria nos igualar friamente. Eu gosto de sol! De sorrisos! De calor. 

terça-feira, 1 de maio de 2012

Ciclo

Não tenha medo de amar e ser feliz,
É o segredo divino do aprendiz
Na leveza do ser a beleza é voar!
Não tenha medo mudar é ser feliz,
É a terceira visão de um aprendiz
Sou um rio das mágoas que há em mim,
Cachoeira que desaba no mar,
Oceano das vidas que vivi
E de outras que virei navegar...

| Jorge Vercillo - Himalaia |

Nunca vou saber se eu a tirei da minha vida ou se ela saiu por si só. Parece que tudo resolveu sair do controle, eu perdi o dominio das minhas decisões e então minhas decisões se voltaram contra mim. Não julgo quem decide pela vida dos outros, ela modificou cada pensamento humano que eu tinha relacionado a conduta da amizade e mesmo tirando de mim a chance de fazer diferente não me culpo, fiz tudo que tinha em mãos pra garantir que nada fosse alterado, e ainda assim eu tentaria se preciso, eu recolheria cada faísca pra reviver o que um dia não tão distante foi motivo de alegrias, fotografias e de uma parceria predestinada, mesmo que para o fim.

Vou fechar os olhos como tantas vezes já fiz, vou mergulhar nas minhas escolhas, as escolhas que me pedem pra ficar de pé, sempre de pé! Existe muita gente pra ferir e poucas pra curar. Eu não tenho mais tempo pra me enganar com pessoas que curam e depois nos ferem por tão pouco. E também não tenho mais medo de estar sozinha. Aprendi que ser só não é sinônimo de solidão!

O mundo pode desmoronar, pessoas podem ir e vir, não ligo. Não mais. As únicas permanências que me permito há um tempo são as consequências do que quero para o presente! E o que quero pro agora? Bem, pode anotar aí: Quero ser feliz! Estar sempre feliz! O que me atrasa, me faz mal eu deixo no lugar que encontrei e sigo em frente. Só me acompanha aquilo que for leve. Humano. E justo.