A Garota do Blog

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Manaus, Amazonas, Brazil
É preciso ser muito humilde para viver de forma honesta com os seus próprios sentimentos. Por isso escrevo; para abrir meu coração, não para obter respostas. Para me sentir livre ao falar das minhas asperezas e das alegrias que muito transbordam em mim (Fred Elboni).

quarta-feira, 8 de novembro de 2023

O Que Você Não Sabe

 


Quem sabe um dia eu entre em uma cafeteria e te encontre, vou pedir licença e um café não planejado e te contar quando e como decidir sair da sua vida mesmo querendo que você me segurasse com todas as forças enquanto eu segurava as malas fugindo da dor que viria de qualquer maneira. Você deveria ter me feito ficar. No espaço de tempo fiz o que sabia fazer de melhor: sumi, sem notícias, sem número, sem contato e o esperado aconteceu, a dor me consumiu e embora seja clichê, me deixou verdadeiramente mais forte. O que você provavelmente não sabe e vou te contar enquanto o café esfria é que eu não fui sua conquista, você foi a minha, eu amei a cor dos seus olhos no momento em que segurei a sua mão no "prazer em te conhecer". 

E talvez por isso foi tão difícil ir embora quando vi você partir de mim muito antes de entender o que aconteceu. Você foi a minha escolha mais errada, a felicidade mais genuína e a ferida que cada ano doeu um pouco menos até cicatrizar por completo. O tempo tem suas curiosidades e posso te contar agora que minhas memórias foram seletivas e que eu nunca terminei de ver a série que eu assistia naquele ano, mas ouvi todas as músicas as quais as letras contavam sobre como é amar alguém, lembrar de tudo muito bem, sem nunca defender esse sentimento. É como se eu tivesse descrito cada detalhe pra Taylor. Você sabe, eu queria ter sido a sua escolha certa, a que valeria a pena você abraçar com medo que eu desaparecesse quando abrisse os olhos ao lembrar que eu não gosto de abraços. Eu gostava do seu abraço porque parecia seguro morar ali. 

No fim, foi o seu toque o qual não consegui substituir e que ficou morando em mim e a forma como me entreguei sem limites que me fez construir muros altos. Depois de você não houve quem ultrapassasse cada limite que eu defini. Entrar em uma cafeteria e te encontrar quebraria um ciclo ao me deixar livre dos " e se", a cor do seu olho provavelmente continua encantadora e você ainda deve ter o mesmo sorriso que eu imaginava nas suas histórias de adolescência. Foi verdadeiro pra mim e essa verdade é o suficiente pra não querer saber se pra você também foi verdadeiro, pois os fins justificam os meios e você recomeçou. Talvez se um dia ao entrar em uma cafeteria eu te encontrasse eu cumprimentaria com um aceno em um silêncio digno de alguém que sempre teve a certeza de que tudo que escrevi aqui eu não precisaria contar porque não há nada escrito aqui que você já não soubesse.  

 

D. 

terça-feira, 22 de agosto de 2023

Agora Julho é Você...


Como pode alguém ser tão desenvolta em falas profissionais e ter uma barreira comunicativa quando se trata de expor sentimentos? Olhar e saber exatamente a causa do nervosismo e do sorriso. Eu definitivamente reconheci aquela sensação e queria pedir pra fechar os olhos por 60 segundos e contar que toda vez que o destino resolve brincar eu fico feliz por ser a personagem principal quando o outro é você. Mas não contei, de alguma forma perto de você as palavras sempre ficam perdidas nas minhas cordas vocais e eu processo com rapidez uma desculpa boba por medo de ter que encarar novamente as situações das quais há muito tempo eu decidi ir embora quando  sentimento se tornou tão intenso e indefinido que o medo me consumiu. E aqui 1332 dias depois me questiono se a certeza de ter me desfeito de tudo ainda é uma certeza, esses reencontros instáveis descontroem o ponto final que eu coloquei pra poder seguir em frente e agora esses reencontros instáveis estão me mantendo no mesmo lugar e eu não consigo decidir o quanto isso é bom ou ruim. 

Você sempre foi um ponto de interrogação brilhante, eu que leio facilmente as pessoas e prevejo ações e reações nunca consegui ler você e por não saber quais seriam suas ações e reações, eu nem sequer tentei descobrir. Eu tinha tanto medo de você ir embora e não voltar que fiquei em silêncio culposo quando você saiu e não voltou. A partir de então a lua já não era tão bonita porque não tinha pra quem contar, mas sentada na varanda eu pedi gentilmente pra mesma lua que você fosse genuinamente feliz e que se um dia nos reencontrássemos eu não lembraria de nenhum único mês daquele ano e olha só a ironia da entidade superior ao organizar um alinhamento milenar somente pra aquele encontro testar minha decisão e me ver travando uma batalha comigo mesma depois que não consegui pensar em mais nada a não ser no quanto o seu abraço ainda me protege e me faz forte - e eu odiei ter que admitir isso e o quanto aqueles meses ainda permaneciam na minha memória assim como cada toque,  o primeiro beijo e como você despreocupadamente me perdeu sem se importar.

Sou plenamente consciente de que desde o início tinha tudo pra dar errado e essa certeza me fez imergir por meses em confusão racional versus sentimental, era como se eu soubesse que ao deixar você entrar eu viveria em uma eterna espera pelo fim e na minha memória foi exatamente numa segunda-feira a noite. A verdade é que eu desliguei cada sensação de saudade e só me permitia sentir a sua falta em um único dia do ano de dezembro, era como se eu me fizesse presente pra checar se você estaria bem e feliz. Você bem e feliz era o suficiente - há muitas formas de amar alguém e querer a sua felicidade. Sua felicidade mesmo que não fosse comigo foi a forma que encontrei de amar você do jeito que eu sabia. O destino pode me testar quantas vezes quiser, mas as escolhas ainda me pertence pelo livre arbítrio que me foi dado. Reencontrar você bem e feliz ainda é o suficiente. O seu abraço ainda é o único lugar que me deixa calma. E tudo que eu gostaria de contar a você ainda se perde no meu silêncio. O meu silêncio é o meu descanso. 

D.

domingo, 25 de junho de 2023

REconstrução

De acordo com o astros e todas as constelações em que eu acredito, há sempre algo que deve ser mantido, eu particularmente achava que deveria ser o orgulho, mas tempo depois descobri que o mais importante em manter inquebrável deve ser a nossa alma. Na escuridão de um tempo estranho a alma é a luz de esperança que significa que pode demorar anos, mas a reconstrução acontecerá. Eu vi. Costumava contar os dias e na época eu só queria virar a chave, queria pra ontem, pra já, queria acordar e não sentir. Ou lembrar. Ou ao menos não passar pelos dias esperando a cada segundo que a letra de All To Well não fizesse tanto sentido a ponto de me deixar muda, sentada no canto repetindo as frases e assistindo o filme dos últimos meses daquele ano repetir a sessão na minha mente. 

Pra ser sincera, foi quando eu deixei de contar os dias que o recomeço aconteceu, as peças se encaixaram aos poucos, lentamente, uma por uma. Um céu sombrio que ganhou claridade conforme eu me permitia viver e sem freios não parei pra olhar pra trás, a sensação da reconstrução me devolveu um sorriso genuíno pelas conquistas fruto de muito trabalho. Assim, meses e logo os anos também se foram e com o tempo, meditação e reflexão desenvolvi o altruísmo sobre o sentimento que me feriu e entendi o suficiente pra saber que os clichês existem por uma razão. Hora certa. Momento errado. Pessoas entram em nossas vidas por uma motivo e se vão quando cumprem sua missão, seja qual for. Tempos diferentes, escolhas diferentes. Ao menos um clichê eu pratiquei: Quando a reciprocidade não estiver mais sendo servida, levante-se da mesa e vá embora. Eu definitivamente fui - e em cada passo pra longe, a dor me consumiu.

Entende a importância agora? A alma intacta foi minha salvação que me permitiu me reconectar e evoluir. E o sentimento foi ressignificado em outras relações as quais independente do vínculo foram saudáveis mesmo após o fim. Na minha própria companhia em dias que o silêncio é tudo que preciso, tem sempre a tranquilidade, alegria e um sorriso - de lá até aqui há uma completa satisfação com a pessoa que reflete a minha visão no espelho. E claro, não há perfeição, há noites em que me questiono sobre escolhas, as vezes duvido de mim mesma e me torno pequena sob o cobertor, mas os astros, as constelações e a lua vista da varanda em sua melhor forma me lembram bem sobre o que deve ser mantido cada vez que eu resolver recomeçar algo. Foi sentada na varanda olhando o céu que eu tive a certeza que além do meu céu estrelado naquele mundo totalmente perdido anos atrás, Ele continuava ali sem soltar minha mão, sussurrando incansavelmente "Você é mais forte tendo fé".

E pra finalizar, você viu, sabe? O clipe de All To Well, eu sempre sorrio com emoções indefinidas porque se houvesse um filme daquele ano seria retratado naquele video de exatamente 10 minutos. Se você me perguntar, sim, há um sentimento guardado com proteção de inúmeras portas trancadas, mas não se engane, isso não significa que é algo, difícil, tóxico ou doloroso, pelo contrário, é fácil, verdadeiro, simples e bonito, existe pra que ao vê-lo feliz com outra pessoa eu sinta felicidade também. Afinal, quando um sentimento é verdadeiro e não se desfaz com o tempo, entenda, aceite e respeite o que de fato o amor é então. Independente da forma que este se apresentar a você.

D. Lima

sábado, 8 de abril de 2023

Separação

Por que a vida fez isso pra sempre com nós dois?
Encontros, destinos sem razão
E os finais felizes vem e vão...
| Quando Acabou - Quimica |




- Já pegou as chaves? 
E eu digo pra mim mesma que esse é o certo a fazer, apago as luzes, sei que hoje o lugar tão caloroso que me acolhia em dias de inverno só ficará cada vez mais frio. Nosso relacionamento tão leve se encheu de indiferença, desamor e discussões.

- Peguei.
Ela precisa de tempo, de mais tempo. E não importa qualquer coisa que eu diga, ela está decidida. Não há lágrimas, não há vestígios de que essa vez será só mais uma vez. Ela só precisa de tempo. As horas que eu pedi por um jantar, as horas que a convidei pra um cinema, as horas a chamava pra comemorar nosso terceiro ano de namoro. E ela sempre ocupada com o trabalho e os estudos.

- Posso mandar amanhã o que você deixar aqui?
Por que ele não fala nada? Fica andando de um lado pro outro arrumando as malas aceitando o fim. Antes todas as nossas brigas de casal terminavam com nossos sorrisos sabendo o quanto éramos bobos. Ainda lembro do dia que o conheci, um boa tarde seguido de um prazer em conhecê-la. A partir daquele momento eu sabia que tinha encontrado o dono dos meus sonhos. 

- Não é necessário, vou levar tudo que preciso.
Me pergunto se a fiz feliz. Ela ainda me tem com seus imãs nos dedos, olhar pra ela faz sentir com que todo meu corpo fosse puxado por suas mãos, eu me seguro por sua fortaleza. Não quis chegar até aqui andando de um lado pro outro, escolhendo quais objetos não levar pra não ter que lembrar a felicidades dos dias guardados por toda a parte.

- Quando sair pode fechar a porta?

Eu sinto minha vida saindo por aquela porta. Eu sinto, mas já não posso impedi-lo, ele parado olhando pra mim como se eu pudesse mudar os últimos meses insuportáveis me deixa inquieta, eu me sinto insegura, eu seguraria ele se isso fosse o que ele realmente quisesse. Mas seria apenas um adiamento do fim. Já não somos opostos que se atraem, somos iguais. Me vejo nele.

- Você faz isso. Eu só preciso ir agora.
Em silêncio olho pra ela, não há nada ali, Nenhuma emoção. Nem vida. Nada que a fizesse levantar e segurar meus braços, não precisaria me implorar pra ficar, nada disso, apenas que me desse tempo, seu tempo precioso, perdido e tão preenchido.

Apesar de tudo quando a observo paralisado do jeito que estou, com a mão segurando a porta é quando mais me vejo nela, é quando mais me sinto ali... E sei, tenho certeza. Ainda a amaria por toda uma vida. Ainda seria toda a sua felicidade. Ela me pergunta se posso fechar a porta ao sair, mas não posso. Dessa vez me recuso a encenar o nosso fim.

Dheysse Lima



Era ruim com ela, era pior sem ela. Um paradoxo que gritava decibéis tão baixos que me perfurava os tímpanos. Não tinha salvação mais, então me rendi. Porque perto dela era como se meu coração fosse penetrado por mil agulhas molhadas no álcool, mas longe dela era como se tivesse arrancando tudo, só o buraco. Longe dela eu não era mais nada.

— Jorge, 01 de Outubro

terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

The Moment I Knew


20 segundos. Não cronometrei, mas a chave virou em algum lugar. Eu poderia ter ficado assustada com tamanha revelação sobre mim mesma, mas eu só sentei em um cantinho e sorri. Era exatamente a sensação de algo que há praticamente dois anos eu não sentia. Um nervosismo bonitinho e irritante. Já estive ali naquele lugar inúmeras vezes pra ouvi-lo, mas não me pergunte o que aconteceu entre o espaço do tempo. Não se explica sentimento - Quaisquer que sejam eles. E jurei pra eles - os sentimentos - que nunca nada seria dito. Há magia em vê-lo de longe e saber que aos meus olhos ele parece ser um cara legal, daqueles que se hoje eu fosse jogar uma moeda em um poço ou assoprasse uma vela por aí seria ele o meu desejo. Mas em minha defesa não tenho um poço pra jogar moedas e não tive velas em bolo pra assoprá-las. No entanto, teria sido uma surpresa incrível se fosse assim tão simples realizar desejos. Mas não é.

Eu não sou. A garota que luta, você sabe. Não sou a garota que ouve as amigas dizerem "você deveria ir lá" - risos! Meus pés nunca se movem. Ser a única expectadora da minha expectativa é algo com o que já estou familiarizada. Mas e se eu dissesse? Ali. Enquanto me encontro naqueles abraços aleatórios que eu sempre fecho os olhos. E se eu dissesse o quanto eu gostaria de permanecer ali por mais tempo. Guardo meus pensamentos e sorrio mais uma vez. O medo sempre está perto me fazendo relembrar o quanto sentimentos indefinidos podem evoluir se a eles dermos atenção demais. Eu já experimentei o desejo e fui consumida por ele há dois anos. De lá até aqui não restou muito. Não se faz alguém feliz quando não se tem nada pra doar de si.

Há ideias e percepções de cada um sobre o que é o amor. Seria construir uma vida juntos? Acho que não. Há muitas pessoas que vivem juntos sem amor. Ou pelo menos perdem o sentido desse sentimento depois de um tempo e acabam o resto da vida infelizes por comodidade e pra evitar a série de problemas que vem com a separação. Há aqueles que também por medo de ficarem sozinhos aceitam pequenas doses de afeto e acreditam que isso é amor o suficiente pra mantê-los juntos. Eu tenho certo medo disso, de olhar pro lado e me contentar com o suficiente. Não quero o suficiente. Eu já vi o amor e senti também. Dizem que quanto mais forte o sentimento maior é a dor que ele nos causa. Porém o fato de sentir dor não anula o que de fato era há dois anos: Amor. Eu não quero me perder uma outra vez. Nunca mais. 

E foi por isso que em 20 segundo quando aquela chave virou, eu sorri. Eu senti. E sei o quanto isso representa uma luz bem quentinha que iluminou um exílio de dois anos me imposto pelo fim mais doloroso que vi passar por mim - isso soa tão brega e ao mesmo tempo é o mais perto da descrição que tenho do que ele se tornou. Embora eu nunca vá pedir que ele fique no abraço aleatório que gentilmente recebo, como poderia deixá-lo ir sem contar que foi ele quem me fez sentir alguma coisa quando eu tinha certeza que nada seria capaz de fazer isso acontecer? Na verdade, vou deixá-lo ir sim sem saber. É reconfortante a sensação de entender que aquele momento em que me encantei será sempre uma lembrança feliz em agradecimento por ele me devolver a esperança de o fim de um período escuro e doloroso demais pra achar que eu fosse superar. Aqui estou olhando pro presente e não mais pro passado.

Por agora eu quero muito manter o sorriso genuíno desse lado enquanto eu sento pra ouvi-lo cantar outra vez aquela música que eu tanto gosto "Never say goodbye". Não escreverei novamente sobre ele. Nesse adeus no presente me pergunto se no fim ele sabia. Que naquele dia eu fiquei encantada em conhecê-lo. Naquele momento eu soube o quanto Living In Sin ficaria perfeito na voz dele. Sorri outra vez. Meu coração havia parado em 2020, em uma segunda-feira. E não havia mais muito pra sentir. Até hoje.

Até ele.



quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

Último Grão



Redigi. Apaguei. Redigi. E duvidei que ainda soubesse colocar alguma coisa em linhas. Novembro de 2021 foi o último texto e a última relação que iniciou um bloqueio de anos e enterrou minha criatividade de escrita - e a escrita já havia me salvado inúmeras vezes. No entanto, não daquela vez. Talvez porque naquele tempo eu não sabia mais o que dizer e silenciei por quase sempre. Até agora. E se você me contasse o que vou descrever agora provavelmente eu omitiria o pensamento de "não pode ser verdade". Mas é. Porque vários anos depois, era ele. O reencontro que eu duvidava muito que o destino se preocupasse em deixar acontecer e isso soa engraçado quando penso que o destino não deixou que acontecesse muito no passado. Nos perdemos no tempo - literalmente. E vê-lo cruzando um espaço enquanto simplesmente eu permanecia muda me fez crer que se o "o mundo dá voltas" o ponto antigo inicial era bem ali: Em um abraço.

Em 05 segundos o abraço me trouxe paz por recordações que não lembrava que ainda estavam comigo - depois que arrumei as malas e deixei o que quer que existisse lá, não parei pra voltar. Não parei pra lembrar. Mas naquele abraço ele nunca deixou de ser a melhor lembrança do meu maior desencontro e de algo sentido, não definido que nunca aconteceu - e gosto particularmente que tenha sido assim. Sempre houve nele algo especial, calma, serenidade, não sei dizer, mas que me fazia um bem apenas em ouvi-lo. Em abraçá-lo. E anos depois nos 05 segundos em que permaneci ali foi o que senti e na verdade a saudade pra qual eu não retornei durante anos estava em todas as linhas que escrevi quando segui em frente. E ao retornar aos textos percebi que por ele a saudade sempre foi a mais bonita. E a mais simples por não ter sido paixão - pois pra ser precisaria de intensidade; Não ter sido amor - pois pra ser não havia o suficiente. Nós atraímos o que fomos - e somos. E nós sempre fomos assim. 

E foi você.
Embora eu tenha mudado. Foi a sua pergunta "você parou de escrever?" que segurou minha mão até aqui. Quando eu respondi que sim. Me disse que eu havia de superar o que quer que tinha me feito parar.  E foi você que me trouxe de volta através da vontade de escrever sobre a sensação de reencontrar você em um lugar que pra nós dois não seria nada improvável. Você me salvou de uma invernia uma vez. Anos depois está me salvando outra vez, dessa vez me devolvendo algo que nem eu sabia o quanto sentia falta: Escrever. Então, obrigada. Por reaparecer. O tempo, o divertido tempo vai mudar nossa direção e mais uma vez não sei até quando, se houve algum questionamento do porquê em um instante, no cenário em que 1 segundo faria diferença eu te encontrei, não questiono mais. Em forma de gratidão, pra você - sobre você.