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É preciso ser muito humilde para viver de forma honesta com os seus próprios sentimentos. Por isso escrevo; para abrir meu coração, não para obter respostas. Para me sentir livre ao falar das minhas asperezas e das alegrias que muito transbordam em mim (Fred Elboni).

quarta-feira, 18 de março de 2015

Reencontros e Desencontros


Quanto tempo mesmo? Quais os momentos que vivi durante o passado que trouxe meus pés até aqui? Esse esquecimento parte da certeza de que quando me levei daqui fui completamente perdida. E não quis voltar. Ou rever. Deixá-lo pelo caminho com a incerteza de que eu poderia ter mostrado um lado melhor de mim me fez ter a segurança necessária pra continuar. Pra não olhar pra trás. Até está pronta novamente. Nem que pra isso precisasse de todos os anos que enfim se passaram. Eu voltei. E vim pra retomar o caminho que planejei nesse lugar. Vim porque através das relações que fracassei eu pude me fortalecer e entender que tudo se vai. Assim como o que eu sentia por cada parte de você que nem ao menos cheguei a conhecer.

Durante passagens que não planejei, pra cada sim da sua presença o meu não se antecipava. As perguntas eram inevitáveis. Perguntas que eu nunca quis responder sem realmente vive-las. O tempo se adiantou pra me testar, eu apenas sorri pela infelicidade de imaginar o antes. De como tudo aquilo havia sido tão importante e motivo de tanta felicidade pra mim. Mas afastei esses pensamentos, eles já não fazem parte do que agora quero pra outro lado da cama. A hora chegou e então sorri mais uma vez e foi sincero, que alegria vê-lo ou revê-lo. Alegria maior foi conseguir respirar fundo e apenas sentir o que já não estava mais ali. Minha admiração sempre será a mesma, tê-lo sob meu olhar me trouxe a recordação do porque criei sentimentos. Aos meus olhos ele ainda tem o mesmo efeito, mas já não há nada em meu coração. 

Enquanto a música alcançava minha mente, as respostas também me alcançaram: Os sentimentos não adormeceram, mas morreram silenciosamente e lentamente em cada decepção que causei a mim mesma ao recordar das atitudes infantis que tive. Não houve culpa sobre ele. Ele nunca conheceu a garota que esteve ali naqueles poucos dias. Ele sequer quis conhecer afinal. Mas esse pensamento já não me incomodava como antes. Foi intensamente boa a sensação de vê-lo sem desejar seus os braços em volta de mim. Eu o esqueci. E no fim não precisei me esforçar em nada, ele consciente ou não, me deu grandes e fortes razões pra não deseja-lo novamente. Sob minha visão e audição, ele enterrou qualquer vestígio do que ficou. E tudo se tornou ao contrário de um final passado que tanto carreguei comigo. Dessa vez a garota que se manteve no controle e calada, era definidamente eu. E a atitude infantil que outrora tanto me decepcionou já não estava em minha conta de culpa. 


No dia seguinte eu me despedi com flores e palavras do passado e de qualquer que tenha sido o sentimento que senti algum dia. A certeza do adeus veio da decepção do fim de noite que não me afetou. Mas quando o vi partindo, ainda parada na porta tomei a decisão que me fez infinitamente feliz: “Você fica. Porque um amigo verdadeiro se faz quando o sentimento de amor vai embora”. Tenho um amigo que levo pra vida inteira, porque com ele também foi assim.

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