A Garota do Blog

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Manaus, Amazonas, Brazil
É preciso ser muito humilde para viver de forma honesta com os seus próprios sentimentos. Por isso escrevo; para abrir meu coração, não para obter respostas. Para me sentir livre ao falar das minhas asperezas e das alegrias que muito transbordam em mim (Fred Elboni).

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Conversa Passada

Estou mudando todas as estações...


Ela surtou cara, eu fui sincero, amigo, bacana, terminei numa boa. Não se pode ficar apenas por gostar, união pede mais, não dava pra empurrar com a barriga os lances que pra mim já esfriaram, é impossível inventar uma forma ou uma fórmula inédita, nova, original de re-amar, entende? Eu simplesmente conheci alguém e contei a ela. Nem preciso descrever o seu descontentamento. Não fui canalha cara, coloquei as cartas na mesa, encerrei nosso prazo sem brigas ou discussões, silenciei em respostas aos ataques e pirações dela, incrível como uma mulher pode mudar da água para o vinho quando se sente magoada, ferida ou como ela mesma disse passada pra trás. Amei aquela pequena dia e noite, mas cada palavra insana e ofensiva me despertava arrependimentos, me fazia questionar se por dentro da mulher que estava ao meu lado existia esse lado perturbador. Eu a observava e confirmava que sem perceber havíamos nos tornado óleo e água. Tentei explicar pausadamente que o sentimento entrou em mutação, que não conseguia olhar em seus olhos e mentir, ela me encarava, acredito que naquele momento, lá no fundo percebera que eu estava sendo quem sempre fui, odeio mentiras, omissões, fingimentos, não poderia trair minha personalidade, não comigo, nem com ela.  Apesar dos surtos não nego que a fiz sofrer, nela ainda há amor, mas você tem razão cara, canalha eu seria se a deixasse presa a mim causando pequenos cortes profundos. Foi um golpe só, lento e doloroso, porém superável. Não serei sua primeira e estou longe de ser a última decepção. Sofrimento é ensinamento, não há imunes. No tempo que virá quem sabe não serei eu a estar em seu lugar me assistindo ser abandonado por alguém.