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É preciso ser muito humilde para viver de forma honesta com os seus próprios sentimentos. Por isso escrevo; para abrir meu coração, não para obter respostas. Para me sentir livre ao falar das minhas asperezas e das alegrias que muito transbordam em mim (Fred Elboni).

domingo, 1 de abril de 2012

A carta de Um Adeus


01 de Abril de 2012
E mais uma vez  escrevo de um lugar que busquei refúgio apenas pra você me ver.

Em um minuto de verdade quando recebi a noticia trágica, não deu pra segurar, não falo das lágrimas, falo de emoção, um turbilhão de emoções misturadas com uma tristeza insana e desacreditada até por mim.

Se você me perguntar por que sinto isso eu não saberia responder. Não saberia responder essa ausência difícil e nem a loucura dos meus pensamentos que só me trazem a sua lembrança desde aquela sexta a noite. Era bom saber que mesmo nessa vida louca vida você estava aqui ou as vezes - na maioria das vezes - estava ali sorrindo um sorriso pelo qual sempre fui encantada.

Não consigo entender o ser humano e sua maneira violenta de resolver problemas, como se tirar da família um filho, um irmão, tirar da nossas vidas um amigo fosse resolver impasses materiais. Parece que pra esse tipo de gente a violência é definitivamente fascinante. Não dá pra saber, não é? A última vez, o último dia, o último minuto que eu veria você. Se eu soubesse salvaria você ou tentaria. Eu juro que tentaria!

Eu sinto tudo e dói independente de proximidades. O que é dependente é o sentimento que sentimos por quem amamos. Eu só queria/ainda quero que não fosse verdade, que fosse uma brincadeira mal contada, cheia de disfarçes como nos filmes, onde isso tudo seria uma fuga estranha apenas pra você permanecer em outro lugar.

Mas que droga! Por que aqui no fundo, nessa maldita consciência eu sei que você partiu de vez, pra outro lugar sim, mas um lugar ainda inacessível pra nós seres Vivos. E eu ainda nem sei porque sinto essa falta, essa ausência que está doendo tanto. Em um último ato de anti-lucidez eu peço, imploro que você volte, que mais uma vez passe por mim tirando aquelas brincadeiras, isso tudo apenas pra me despedir de você com um sorriso enorme e sincero. Mesmo sem saber que seria uma despedida.

Não quero ter que levar essas palavras até lá.
Então me promete que daí de onde você estiver, promete que vai ler? Promete que ficará bem?

Eu vou sentir saudades. Muita. E toda vez que eu lembrar de você será a lembrança mais bonita, você parado com uma seriedade de quem entendia tudo só com o olhar ou com um sorriso que sempre me fazia sorrir também.

Descanse em Paz.
De uma sincera e verdadeira amiga: Dheysse Araújo de Lima


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