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É preciso ser muito humilde para viver de forma honesta com os seus próprios sentimentos. Por isso escrevo; para abrir meu coração, não para obter respostas. Para me sentir livre ao falar das minhas asperezas e das alegrias que muito transbordam em mim (Fred Elboni).

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Menos é Mais


Eu contei histórias pro mundo inteiro através da minha escrita, de frases feitas e palavras cheias de cor, cê não viu? Não te contaram que essa mania de colocar em linhas sentimentos é um caso perdido e estabanado? Há algo sobre você que nem descobri o que é, mas surpreendentemente é o que tem me feito permanecer, deve ser sua risada que tanto combina com a minha, ou o jeito que você coloca a mão direita apoiada no queixo e estranhamente me conta o que eu não ouso perguntar. Te gosto, mas evito. Te gosto, mas me esquivo. Não, não deve ser fácil entrar no meu mundo mesmo que a porta esteja escancarada e eu esteja aí, dando a cara a tapa, o fato de estar aberta a possibilidade não significa um tapete vermelho estendido e eu segurando um buquê de flores. A única parte bonita que mantenho segura comigo é um sentimento livre de marcas, de amarras, de tristeza e decepções. Pra se ajustar ao meu querer é preciso ser leve, suave e simples. 

Passado todos temos, geralmente envolve felicidade planejada e um fim inesperado, o tempo que passa entre o primeiro momento e o último é o que não nos permite o arrependimento, não podemos nos arrepender do que já nos fez feliz um dia. Pensar assim é o que faz toda a diferença quando decidimos colocar o pé na estrada e não olhar pra trás. Partir liberto de sensações difíceis de sentir, desprendido de dor e mágoa é o que torna o recomeço possível e especial. Tudo que consigo  reconhecer em mim é gratidão pelos passos que entraram e saíram da minha vida, cada pessoa deixou lição única, um aprendizado mútuo do que não levar na bagagem quando desembarcar em uma próxima relação. Respiro orgulhosa das cicatrizes que adquiri e satisfeita por elas fazerem parte do amor incondicional que sinto por quem me tornei. 

Continuo contando histórias pro mundo inteiro, dessa vez é sobre o sorriso despreocupado que combina com o meu e como o convenço de que não se deve impor regras e nem supor que logo eu faria imposições. Te gosto em uma sintonia diferente, mas não menos verdadeira. A gente segue enquanto eu permaneço atenta ao desenho do seu queijo apoiado na mão direita, silencio pra ouvir e tranquilizá-lo cada vez que surge nos seus olhos um passado que não deve ser lembrado com pesar e raiva. Das minhas mãos não ofereço futuro, o presente é importante demais e é somente nele que podemos nos apegar, então, seguramos juntos e andamos, sem tapetes vermelhos ou buquê de flores, sem promessas ou pedidos, pra manhã seguinte tem sempre o convite pra um café com gosto leve, aroma suave, servido simples. É ou não é o ajuste perfeito pra nós dois?

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