Ah a saudade. Tanto sentimento desperdiçado, tantas palavras escritas que hoje não fazem mais sentido, foram só pra me fazer amar? Foram só pra me fazer sentir? Foram especialmente escolhidas para me ganhar? As releituras que faço das mensagens recebidas condenam você. Definitivamente culpado. Culpado por fazer tudo tão certinho, por trazer a esperança de ser diferente, de não ser do tipo que mente, por me fazer sorrir durante dias seguidos me acostumando a ser feliz. Culpado! Culpado por me fazer perder o controle, o bom senso, por me instruir a ultrapassar meus limites enquanto você nunca ousou cruzar os seus.
Eu deixei você se aproximar. Eu deixei você preencher meus dias com suas manias bobas como me chamar de bem ou o seu jeito atencioso de se importar em saber como andava a confusão da minha vida. E agora se quer saber sem se importar a ausência preencheu todo o espaço ao redor, você não notou porque não mais me viu. Quando tentei reaproximação me perdi na sensação deixada por suas frases ensaiadas, educadas, falsas. A felicidade de falar com você não compensava a tristeza por viver seu total desinteresse. Brincar com os sentimentos de alguém é a forma mais covarde, mais indigna, mais lamentável de se sentir mais homem, mais forte, mais esperto. Não há absolvição pra alguém como você.

E assim o tempo tem levado você e Deus é tão bom que tem colocado outro alguém em seu lugar.